segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O amor é interesseiro

A. Elisa

A mim parece que o amor é egoísta. Não amamos a pessoa com quem estamos, simplesmente amamos como nos sentimos quando estamos com uma pessoa. Amamos as borboletas no estômago, as mãos suando, a sensação de flutuar no chão e a dor na mandíbula de passar o dia todo com um sorriso no rosto. O amor é egoísta porque só se gosta de alguém porque esse alguém transforma você de alguma maneira que faz de você uma pessoa melhor, mais leve. E essa sensação é tão boa que acabamos esquecendo do resto do mundo, ignoramos os amigos, inventamos desculpas para as reuniões familiares e deixamos de estudar. Não porque gostamos da pessoa, mas porque gostamos da sensação que essa pessoa nos proporciona. E essa sensação faz você acreditar que somente com esse alguém sua vida será melhor. O amor gosta mesmo é do desconhecido, porque o conhecido não te dá desejo e o amor só funciona com desejo. Desejo de ver de novo, desejo de conversar mais sobre se o homem pisou ou não na lua, desejo de sentir o cheiro e de beijar. O amor é desejo, e essa vontade é o nosso corpo expressando o bem que essa pessoa nos dá. O amor é egoísta porque você não fica com uma pessoa se somente ela gostar de você, porque o amor dela não te atinge. Engana-se quem pensa que o amor é altruísta. Não me levem a mal, é bom saber que alguém ama você, mas é melhor ainda amar, concordam? Quando você ama nada importa, ninguém mais te interessa, porque você está repleto, esse alguém te proporciona sensações tão estranhas e novas que você esquece do mundo. Viram? É sempre eu, eu, eu. Amar é sempre sobre aquilo que nos é proporcionado e nunca sobre o que nós proporcionamos. E por isso é que gostamos de falar sobre ele e não nos cansamos nunca. Não precisa ser sempre amor homem-mulher, pode ser amor pelo novo trabalho, pelo cachorro do vizinho ou por um novo par de sapatos, mas é sempre amor. Porque, no final das contas, é a sensação que essas coisas nos proporcionam que nos faz falar de amor e não o contrário. O amor é interesseiro porque simplesmente quer guardar tudo que sente dentro de um lugar especial no coração de um jeito que nunca acabe, mesmo já sabendo, desde o início, que está fadado a morrer.

E se outros me disserem que falo sobre paixão, respondo que sim. E peço desculpas se o meu coração me enganou e confudi o que devia ser passageiro com o duradouro. Mas é que comigo é tudo tão intenso que desde as primeiras borboletas me torno egoísta e declaro ao mundo que amo. E como amo!

6 comentários:

  1. "E se outros me disserem que falo sobre paixão, respondo que sim. E peço desculpas se o meu coração me enganou e confudi o que devia ser passageiro com o duradouro. Mas é que comigo é tudo tão intenso que desde as primeiras borboletas me torno egoísta e declaro ao mundo que amo. E como amo!"

    me identifiquei completamente! vou ficar sempre passando por aqui. beijo pras duas =*

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  2. Ou seja, o amor é egocêntrico e narcisista!

    ;)

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  3. AMIGA QUE TEXTO PERFEITOOO...JA ATE COLOQUEI LA NA COMUNIDADE DOS MENINOS. FIQUEI ADMIRADA DE COMO VC CONSEGUI EXPRESSAR TÃO BEM ESSE SENTIMENTO E COLOCAR TUDO PRA FORA DE UMA FORMA TÃO CLARA E SIMPLES! BJOS PAULA

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  4. amigaa! adoreiii!!!!!! sempre te disse pra escrever num foii ?? olha quando voce escrever um livro nao esquece de citar a sua amiga aqui que sempre te incentivouuuu!! kkkkkkkkkkkkkkk bjssss

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  5. O amor é egocentrico e narcisista foi a melhor definição.

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